Alguns dos monitores da casa da Ciência de Braga cooperaram com os alunos 8.º B da escola básica de Palmeira, na monitorização da Primavera do ribeiro do Pinheirinho, no âmbito do Projeto Rios. A atividade realizou-se no dia 5 de junho, e iniciou-se com uma sessão teórica que, para além de enriquecer os conhecimentos de cada um dos presentes, permitiria interpretar o atual estado do ribeiro adotado. Assim, recorrendo a imagens elucidativas (esquemas e fotografias, entre outros), uma das jovens biólogas da Casa da Ciência começou por explicar a influência da vegetação sobre a biodiversidade existentes nos cursos de água, desde a nascente à foz. Relembrou e caracterizou os parâmetros físicos e químicos utilizados para estudar a qualidade da água dos rios, para além de destacar alguns dos problemas ambientais sentidos ao nível dos ecossistemas ripícolas, como os das espécies invasoras, por exemplo. Após algumas questões colocadas pelos alunos, a atividade seguiu-se junto ao ribeiro do Pinheirinho, onde já se encontravam dois monitores a preparar “material” para observação.

Foi marcante a alteração da paisagem desde a última aula de campo: á água do ribeiro parecia ter desaparecido! A vegetação invadiu o leito do ribeiro, de forma anormal, sendo já visível jovens tabuas em crescimento. Com alguma dificuldade, um dos professores recolheu algumas espécies aquáticas de invertebrados, utilizando uma rede. Foi possível observar, à vista desarmada e à lupa, algumas espécies, desde o estado larvar ao estado adulto. No entanto, os invertebrados presentes em maior número não previam resultados favoráveis nas análises dos parâmetros físico-químicos. Testes realizados, foi detetada uma quantidade muito elevada de fosfatos (resultantes da atividade agrícola, mas também de possíveis descargas domésticas), o que justifica o desenvolvimento anormal das espécies vegetais, e inexistência de espécies invertebradas indicadoras de água de boa qualidade.

Concluída a monitorização, o ribeiro do Pinheirinho está poluído! A água tem má qualidade, resultante do excesso de fosfatos, o que aumenta a poluição do rio Cávado, onde desagua. Infelizmente, não são boas notícias para a região…