No Relatório de Avaliação Global da IPBES (Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos), as espécies exóticas invasoras foram identificadas como um dos principais impulsionadores diretos da perda de biodiversidade em todo o mundo. Segundo este relatório 60% das espécies que estão atualmente a desaparecer foram causadas, isoladamente ou com outras causas associadas, pelas espécies exóticas invasoras.

 Importa também referir que, além dos impactes ecológicos, as espécies exóticas invasoras têm também elevado impacte económico, uma vez que são responsáveis por perdas de produtividade; pela destruição de infraestruturas (ex. Sanguinária-do-Japão) e implicam elevados custos na sua gestão e controle.

Dada a importância desta temática e como parte integrante do currículo da disciplina de Ciências Naturais do 8.º ano, este tema foi trabalhado e desenvolvido pelas turmas A, D e E, quer em contexto de sala com, quer no espaço exterior da escola, com uma aula deslocada a ecossistemas naturais/humanizados existentes perto da escola.

A aula no exterior da Escola Básica de Palmeira permitiu aos alunos reconhecer e fotografar algumas das espécies exóticas invasoras mencionadas aquando da abordagem deste tema nas aulas. À posteriori, na sala de aula, cada aluno escolheu uma das espécies fotografadas, usando a APP PlantNet identificou-a e pesquisou sobre alguns aspetos, nomeadamente, as caraterísticas de reconhecimento, as caraterísticas invasoras e ainda, o tipo de ambiente invadem.

Localizar, identificar e conhecer as espécies exóticas invasoras é muito importante para ajudar e eliminá-las ou evitar a sua propagação. Os alunos podem, deste modo, praticar a cidadania hoje e no futuro sendo agentes ativos e não meros espetadores.