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Semana da Filosofia – Máquinas Inteligentes, Pessoas Estúpidas
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A revolução tecnológica avança a um ritmo avassalador e instaura uma crença profunda na resolução de todos os problemas através da técnica. A mutação civilizacional em curso deu lugar a uma espécie de pacto com as máquinas. Estas evoluíram de meras próteses orgânicas, que realizavam as tarefas físicas mais duras, para a criação de uma inteligência artificial, que pretende substituir o humano ao nível cognitivo e da aprendizagem.
Neste sentido, as máquinas apoderam-se das nossas vidas, a automatização informatizada alastra em todos os domínios da vida, desde o trabalho até às relações entre os indivíduos. Esta digitalização da vida empobrece a existência humana e atrofia as capacidades das pessoas. A máquina resolve os desafios e as pessoas tornam-se obsoletas, passamos a depender das decisões do software.
Assim, emerge uma espécie de mão invisível automatizada que orienta as sociedades e condiciona os indivíduos em nome do rendimento e da eficácia. Daí a inúmera bibliografia que discute esta temática e propõe resistência e alternativas a esta perspetiva utilitarista e antihumanista, da qual apresentamos uma pequena amostra.